sábado, 24 de dezembro de 2011

Gonzaguinha e uma reflexão de samba

A todos os compositores que perderam seu samba em disputas em quadra minha solidariedade neste natal. Assim falo porque tambem fui desclassificado na Unidos do Cabuçu; na verdade me cortei porque tinha outras prioridades na vida e quem quer tudo não quer nada. Entretanto, meu trabalho e o nosso, que, por enquanto, ouvido por mim e um grupo de amigos deixou de existir. Será? 

Ouvindo Gonzaguinha, Perna na Mundo ou O que é, o que é? , fiquei pensando, matutando e concluindo que o samba é mais que avenida. Samba é música e como música pode ser cantado em todas as épocas do ano, sempre, sempre. Não há sambas perdedores quando o samba é arte, diga-se de passagem é o trem de luxo que parte para exaltar a sua arte, que sempre encanta madureiras e outras terras de samba.

Quando fiz o meu sambinha pra querida Elzinha Soares, da qual sou fã, já não sabia se poderia suportar a força da disputa. Então, pensei em fazer a minha homenagem à cantora que recompõe música com a própria voz. Meu Deus, Meu guri de Chico quando ouço na voz da Elza já não é mais do Chico mas da Elza também. Fiz o meu samba do jeito que queria, botei a perna no mundo e subi a Araujo Leitão; e enfrentei o microfone tão inóspito para a minha voz. Como dizia alguém já posso dizer também: Cantei sem saber cantar. E ainda virei compositor. Estou feliz com minha arte e penso que meu samba ainda terá de ser cortado pelo público. Fazer uma boa gravação e divulgar o samba que é homenagem a Elza através da escola das estrelas e dos leões.

Para quem pensa que o corte é o fim do samba-enredo, está aí o samba do Gonzagunha, que não entrou em disputa de quadra mas é samba, samba-enredo mágico:



Nenhum comentário:

Postar um comentário