sábado, 3 de setembro de 2011

Synval Silva, compositor e fundador da Império da Tijuca (2)

Conheça melodias e letra de um dos maiores compositores brasileiros, preterido pela mediocridade da mpb de mídia, Synval Silva. Fundador da escola de samba Império da Tijuca, o morador do morro da Formiga foi o responsável pelo ícone de Carmem Miranda e suas composições marcam a densidade da brasilidade, a felicidade da vida pela cultura do samba.


Adeus, Batucada



Adeus, Batucada

Adeus, adeus
Meu pandeiro do samba
Tamborim de bamba
Já é de madrugada.

Vou-me embora chorando
Com meu coração sorrindo
E vou deixar todo mundo
Valorizando a batucada

Adeus, adeus
Meu pandeiro do samba
Tamborim de bamba
Já é de madrugada.

Vou-me embora chorando
Com meu coração sorrindo
E vou deixar todo mundo
Valorizando a batucada

Em criança com samba eu vivia sonhando
Acordava e estava tristonha chorando

Jóia que se perde no mar
Só se encontra no fundo
Samba mocidade
Sambando se goza
Nesse mundo

E do meu grande amor
Sempre eu me despedi sambando
Mas da batucada agora me despeço chorando
E guardo no lenço esta lágrima sentida
Adeus batucada
Adeus batucada querida

Ao voltar do samba



Ao Voltar do Samba
Oh Deus, eu me acho tão cansada
Ao voltar da batucada
Que tomei parte lá na praça onze
Ganhei no samba um arlequim de bronze
Minha sandália quebrou o salto
E eu perdi o meu mulato lá no asfalto
Eu não me interessei saber
Alguém veio me dizer
Que encontrou você se lastimando
Com lágrimas nos olhos, chorando
Chora, mulato meu prazer é de te ver sofrer
Para saber quanto eu te amei e
Quanto eu sofri para te esquecer
Agora chora, mulato meu prazer é de te ver sofrer
Para saber quanto eu te amei e
Quanto eu sofri para te esquecer
Eu tive amizade a você
Eu mesmo não sei por quê
Eu conheci você na roda sambando
Com o tamborim na mão marcando
Agora, mulato, por você não faço desacato
Eu vou à forra e comigo tem (ora se tem)
Ou este ano ou p'ro ano que vem




Coração



Coração
Coração,
Governador da embarcação do amor,
Coração,
Meu companheiro na alegria e na dor,
A felicidade procurada corre,
E a esperança é sempre a última que morre.
Coração que não descansa noite e dia,
Sempre aguardando uma alegria,
Esperando no mar desta vida,
Embarcação à procura,
De um porto feliz de salvação.



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