Tuiuti em 1975 homenageia no Acesso principal a escritora CecÃlia Meirelles com samba interpretado por Jamelão e do portelense Noca. Um grande samba que retrata a poetisa com aquele sentimento clássico de sambas que traz profunda reverência na letra mas não deixa de transmitir o seu trabalho. Observe como o samba é mórbido (triste) como era melancólica a sua obra, lendo poema Retrato. Boa reflexão!
ParaÃso do Tuiuti 1975 - Obra e vida de CecÃlia Meirelles
Compositores: Noca da Porela e Poliba
Intérprete: Jamelão
Hoje
Estou nos braços da poesia,
Num paraÃso de alegria
Está em festa o meu interior
Louvor a CecÃlia Meireles poetisa
Que a mulher brasileira simboliza
Na arte, na cultura e no amor
Quando seus poemas escrevia
A natureza sorria
Ó, que esplendor
A viagem nunca mais
Poema dos poemas (BIS)
Obras verdadeiramente geniais
É tão sublime
Reviver na avenida
A personagem tão querida
Estrela-mor de uma constelação
Canta, meu povo
Este samba original
Em memória à grande dama (BIS)
Da literatura nacional
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?
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